quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tal mãe, tal filha

Bem que diz o ditado: quem puxa aos seus, não degenera. É isso mesmo? Acho que sim.

Ando num momento meio Maria Rita. Ouço as músicas dela o dia todo e, não satisfeita, cantos-as de cabo a rabo. Pra falar a verdade não conheço os demais discos dela, a não ser esse último que é todo em ritmo de samba, o Samba Meu.

Conheci ela de verdade no último ano, quando eu e meu noivo fizemos uma longa viagem de carro e tínhamos que ter todos os tipos de música para aguentar a estrada. Foi ali então que conheci Maria Rita de verdade. Antes disso conhecia apenas a tal "Maria do Socorro"! Naquela semana - a viagem foi de 10 dias - decorei todas as músicas do disco. Quando voltamos pra casa percebi que estava viciada total! Passava as 8 horas de trabalho com os fones cantando pra todos meus colegas ouvirem!

Pra minha felicidade total, em dezembro ela veio a Porto Alegre, e eu estava lá na primeira fila em frente ao palco. Me senti uma fã de caterteirinha que quase chorou quando ela subiu ao palco. Até abanava pra ela quando vinha na minha frente, bem faceira! E ainda por cima dizia que ela estava me mandando beijo! Que loucura!

O show foi o máximo, a voz dela é sensacional, porém o mais imprecionante é como ela pode ser tão igual a mãe, Elis Regina. A voz dela é simplesmente a mesma! Antigamente quando a minha mãe falava que a Elis era o máximo em termos de música, eu, como uma boa adolescente rebelde, retrucava dizendo que "nunca escutaria isso". Era muito antiga! Coisas de adolescente rebelde com os ouvidos poluídos. Hoje já quero ler a biografia da Elis, pois além de adorar biografias, vou gostar muito de conhecer mais sobre uma das mais fantásticas cantoras brasileiras e mãe de uma nova grande cantora que eu adoro!

E agora queira dar licença que eu já vou
Deixa assim... por favor
Não ligue se acaso meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade
Vamos manter a amizade!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mudança de estado civil: uma difícil aceitação


O casal, depois de dois anos juntos, discute sobre sua relação e chega a conclusão de que são muito felizes, nunca brigam e acham que já está mais do que na hora de morarem juntos. Essa até que não é uma decisão difícil, pois a compra do apartamento na planta já foi feita. O problema é que ele será entregue somente dali 2 anos, e o casal, bem afobadinho, não aguenta esperar todo esse tempo para "juntar seus trapos". Bem, soluções pra lá, pra cá, e logo decidem que vão morar juntos na casa da sogra e do sogro. Solução também não muito difícil de aceitar, afinal o sogro e a sogra são mega queridos e a tratam como filha.

Felicidades a parte, chega o momento de fazer as primeiras compras conjuntas - depois do AP, é claro. As aquisições são um roupeiro - que será útil também no AP novo, quando ficar pronto - e uma TV de 42". Escolhido o móvel, chega a hora que a vendedora, já preenchendo a ficha do novo cliente, o questiona: "Qual é o seu estado civil?". Ele responde: "solteiro, casado, sei lá..... união estável, pode ser.". E a nova esposa, ao lado presenciando a cena, logo pensa: bem, ao menos não sou a única na relação que ainda tem dúvidas da atualidade...

Com o móvel escolhido, comprado e já com as alterações encomendadas (gavetas, prateleiras, um corte no rodapé, pois ele era maior que a altura do pé direito da casa), os dois rumam a compra da TV. Menos mal que o tamanho do eletrônico o maridão já sabia: queria uma 42", pois dizem os experts em relacionamentos duradouros que os bens em que mais se deve investir para dentro de casa são um bom sofá e uma TV ótima (isso relacionado com as possíveis briguinhas que o casal vai enfrentar ao longo da vida conjunta). Aí inicia uma nova lenda: pegamos de plasma ou LCD? Full HD ou não? Full HD melhora a qualidade do play 3, em compensação é mais cara. Então, quem sabe não pegamos 37" e full HD? Não! Mas 37" é "muito" - quanta ironia - pequena. "Quero uma maior", diz o esposo. "Então tá... Decidido! Vamos pegar uma LCD de 42", mas sem ser full HD, pois encarece demais para um começo de vida." - o que é isso? os casais pobres mortais que conheço, começam a vida com uma TV 14" que foi herdada dos 4 irmãos mais velhos. Esse casal anda muito luxuoso!

Enfim, decidiram a tal da TV, e já eram quase 7h da noite quando a querida esposa resolve dizer, em plena loja onde está sendo feita a compra da TV, que não gostou tanto do roupeiro. Apesar dele ser mais barato que os outros, ter o espelho gigante na frente, não era bem aquele que ela queria. O nº 1 seria aquele que estava mais caro na loja vizinha! Então tá, o esposo quase espanca ela dentro da loja da TV e pergunta, com a sobrancelha já em formato de casinha: "tá, se tu não queres a p... do roupeiro, vamos lá agora e desistimos da compra, pois pagar um absurso por uma coisa que não gostou tanto, não dá.". A mulher, faceira por dentro, mas por fora com aquela cara de coitada que estava pensando "droga, e eu fiz isso por economia.... nem assim ele dá valor", responde: "então tá, vamos voltar lá pra cancelar a compra. É só a mulher nos devolver os cheques". Porém, nisso já eram quase 7:30 da noite, a maldita da loja de móveis fechava exatamente naquele horário e..... o marido jurou que nunca ouviria essa arrogância da nova esposa!

Enfim, após alguns pingos de chuva na caçamba da caminhonete (onde estava a caixa da TV), algumas sinaleiras enfrentadas mesmo que fechadas, alguns buracos e quebra-molas, o casal chega a loja de móveis e consegue cancelar a compra.

Resumo da história: por mais que seja mais caro, compre! Não economize! Se ele não discutir pelo valor alto que vocês estarão pagando, discutirá pelo que você economizou sem comprar o que realmente queria.